De Brasília: Por Paloma C. Mamede - Página 4

Matérias, crônicas, artigos e mais

  • 05 / 2020

Dora levantou mais cedo que de costume, ia ser bom poder sentir a luz do sol na pele de novo, pena que ainda tinha medo de aspirar o ar fresco, e até mesmo de transitar pela cidade, ia ser um desafio com certeza, mas finalmente tudo estava voltando ao “normal”, ou pelo menos era isso que a sua inocente esperança martelava junto com as batidas de se ...

  • 04 / 2020

Esses dias estava aqui em casa trabalhando e ouvi um homem falando no megafone “Fiquem em casa, isolamento social”, não era qualquer homem não, era um bombeiro… A sirene não estava ligada, mas o aviso ressoava como se fosse uma. Senti até uns arrepios no corpo.

  • 03 / 2020

Vi algumas notícias meses atrás sobre o Covid 19, eu estava muito tranquila, na verdade até semana passada eu não estava ligando muito para esse surto todo. O que fazer quando todas as pessoas que você ama estão alarmadas simplesmente por você precisar pegar um ônibus e ficar nesse cubículo cheio de vírus e bactérias? Eu fico pasma, penso… O que m ...

  • 02 / 2020

Já digo sem mais delongas que o nome do menino não é Jerônimo, mas me afeiçoei a este nome e acho que combina com a feição do moço. Estava eu mais um dia em uma parada de ônibus. Para chegar lá tive que passar por uma passarela que ainda estava sendo pintada... de amarelo! Os homens estavam pintando por partes para que os pedestres não se sujassem ...

  • 01 / 2020

Passei dois minutos de solitude, não durou muito, a ansiedade estava à flor da pele, sabe como é né? Às vezes nosso ofício é daqueles que afligem e reconstroem o que somos, era assim que eu me sentia naquela nova profissão, uma pessoa em manutenção, até que eu me tornasse o que eu deveria ser. Os dois minutos se foram voando e chegou um senhor.

  • 12 / 2017

Apenas por alguns segundos vamos fingir que fazemos parte de outra estrutura de civilização... E, então o ônibus freia bruscamente e a moça ao lado te questiona o seguinte “você alimentou os pássaros?”. Você fecha os olhos buscando fragmentos de quaisquer lembranças ligadas a tudo que voa, não somente pássaros. Todo e qualquer bater de asas.

  • 10 / 2017

O que somos afinal? O que queremos? Diversão e Arte? Fome de vida em toda parte? Queremos revolução? Ou queremos o subsídio básico da meritocracia? Queremos beijos? Samba? Resistência? Queremos amor? Ou queremos apenas um diploma de enfeite? E daí, um beijo foi trocado em meio ao frevo todo, depois de uma história de quase morte e tortura, depois d ...

  • 07 / 2017

Essa crônica vai ser grande, desculpa por isso. Eu comecei a escrever tentando encontrar uma espécie de porto seguro que me levasse para bem longe do mundo real. Então, eu admito que o mundo real nem sempre é o que eu quero para mim. Porque no caos, e na crueldade do mundo, ninguém se importa se você tem um coração. Chester Bennington morreu essa s ...