Era uma madrugada pacata de primavera, a praia estava amanhecendo aos poucos, o sol refletia todos os entusiasmos do mundo com sua mescla, tão igual e ao mesmo tempo tão original, de cores. Ana Laura gostava de se sentar na areia e aproveitar este espetáculo envolta em silêncio. Mas, naquele dia, tudo seria diferente. Avistou logo o corpo da Deusa jogado à margem. Seus braços estavam flagelados, seu cabelo com fios de ouro resplandecia, sua face serena e seus lábios formavam um sorriso tímido.