Sindjus trabalha para garantir direitos, combater preconceitos e ampliar suporte a pais e mães de crianças autistas
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Sindjus trabalha para garantir direitos, combater preconceitos e ampliar suporte a pais e mães de crianças autistas
Construir uma sociedade mais inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias requer mobilização e políticas públicas eficazes. Estudos recentes mostram a prevalência do autismo entre crianças brasileiras. Pesquisa inédita realizada pela Universidade de Passo Fundo (UPF) revelou que uma em cada 30 crianças no Brasil possui TEA.
Nesse cenário, algumas entidades têm lutado pelos direitos de pais e mães atípicos, promovendo debates sobre preconceito, dificuldades do dia a dia e a necessidade de suporte dentro e fora do ambiente de trabalho. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e Ministério Público da União (Sindjus-DF) é exemplo dessa atuação.
Para o presidente do Sindjus, Costa Neto, a batalha por mais inclusão e respeito precisa ser prioridade em todas as esferas da sociedade. "O Sindjus tem compromisso com a defesa dos direitos dos servidores, e, nesse contexto, está a necessidade de olhar com atenção para as mães e pais de autistas. Precisamos garantir que esses trabalhadores tenham condições de conciliar a vida profissional com os cuidados essenciais que os filhos demandam. A inclusão começa no respeito e no suporte adequado às famílias", destaca.
A servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e mãe de um jovem autista Sheila Tinoco conhece de perto essa realidade. "A rotina de quem tem um filho autista é intensa. Conciliar isso com o trabalho é desafiador. Muitas vezes, precisamos nos desdobrar para garantir as terapias e o suporte adequado, enquanto lidamos com a cobrança profissional. Ter um sindicato que entende essa realidade faz toda a diferença", afirma.
No Poder Judiciário, algumas iniciativas já foram implementadas, como os Núcleos de Inclusão, que oferecem amparo a servidores que são pais atípicos. Nesse intuito, o Sindjus também tem apoiado o Projeto de Lei 3124/23, que propõe atendimento prioritário para pais e mães atípicos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo suporte psicossocial. A proposta pode representar alívio para milhares de famílias que enfrentam dificuldades para acessar tratamentos e terapias essenciais.
“Como pai de dois jovens autistas, sei bem dos desafios que enfrentamos diariamente para garantir o melhor para nossos filhos. Não se trata apenas de acesso a terapias e tratamentos, mas também de condições dignas para que pais e mães possam conciliar o trabalho com os cuidados essenciais que o autismo demanda. A luta por inclusão começa no reconhecimento dessas dificuldades e na criação de políticas que assegurem o suporte necessário.
Estamos comprometidos com essa causa, porque inclusão não pode ser apenas discurso – ela precisa ser uma realidade concreta para todas as famílias atípicas," ressaltou o diretor jurídico do Sindjus, Cledo Vieira.
O fortalecimento dessa pauta passa também pelo papel das entidades de classe, que podem ser agentes de mudança na luta por mais inclusão. Ao pressionarem por políticas públicas, promoverem debates e darem visibilidade à causa, ajudam a transformar a realidade de milhares de brasileiros.