Dez casas de voguing se apresentam em seis categorias performáticas, na quadra da escola de samba Aruc
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Dez casas de voguing se apresentam em seis categorias performáticas, na quadra da escola de samba Aruc
Brasília celebra neste fim de semana a arte LGBTQIA+ com a terceira edição da Mostra de Cultura Ballroom, realizada na quadra da escola de samba Aruc (Área Especial 8, Cruzeiro Velho), sábado (18/jan), a partir das 20h, com entrada gratuita. Promovido pelo Distrito Drag, o evento reúne 10 casas de voguing do Distrito Federal, que se apresentam em seis categorias, que têm como destaque a dança voguing, elemento central do universo ballroom. O projeto é realizado com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec).
A Mostra de Cultura Ballroom tem a missão de promover mais visibilidade para as casas de voguing do Distrito Federal, como forma de ser um espaço onde artistas performáticos possam mostrar sua arte para mais pessoas. O tema da terceira edição da mostra é “All Black Ball” e vai contemplar seis categorias: beginners, runway, face, soft x drama, vogue OTA e lipsync. Pela tradição ballroom, artistas representando cada casa se apresentam dentro de categorias performáticas, como dança, desfile e dublagem, e recebem notas dos jurados que compõem uma bancada.
Com apresentação de Simone Demoqueen, dez casas de voguing se apresentam neste sábado: Casa de Laffond, Casa de Abloh, House of Mamba Negra, Casa de Onija, Casa de Ratturas, Casa dy Luxúria, COB TV, House of Cabal, House of HandsUp e House of Cyclone. A DJ convidada para a noite é Ursula Rattura.
Além de ser uma plataforma para a preservação histórica e cultural, a Mostra promove a luta contra preconceitos como racismo e transfobia, de acordo com Ingridy Carvalho, drag queen, produtora cultural e uma das diretoras do Distrito Drag. “A Mostra vai além do entretenimento. É um ato de memória, resistência e empoderamento, que celebra as identidades LGBTQIA+ e suas contribuições à arte e à sociedade”, detalha.
Décadas de resistência
Nascida como uma cultura de resistência nos anos 1970, na cidade de Nova Iorque, a cultura ballroom surgiu com os bailes, realizados em guetos, como resposta à marginalização da população LGBTQIA+. Nas décadas seguintes, a cultura dos bailes se espalhou por vários países e se tornou fundamental na identidade cultural, tendo como protagonistas pessoas trans periféricas, negras e de origem latina.
Em sua constituição, os bailes eram palcos para apresentações e disputas performáticas das casas, grupos de pessoas que viviam juntas em habitações coletivas e constituíam ambientes de acolhimento, fundamentais para a sobrevivência de pessoas LGBTQIA+, colocadas à margem da sociedade. Os ballrooms se tornaram ambientes em que integrantes podiam celebrar suas existências e se expressar artisticamente de maneira livre.
Bate-papo
A programação da mostra inclui um bate-papo com o tema "Profissionalização da cultura ballroom no Brasil: cenário atual e caminhos para o futuro”, na sexta (17/jan), às 19h na sede do Distrito Drag (SCS, Quadra 2, Edifício Jamel Cecílio, 7⁰ andar). As convidadas para a roda de conversa são Kona Handsup, Ursula Rattura e Tanhesha Cabal, com mediação de Simone Demoqueeen.
SERVIÇO
Mostra de Cultura Ballroom
Sábado, 18 de janeiro, a partir das 20h
Na quadra da escola de samba Aruc (Área Especial 8, Cruzeiro Velho)
Entrada gratuita
Classificação etária: livre
Instagram: instagram.com/distritodrag