Estresse, ansiedade e predisposição genética podem agravar quadros dolorosos e desregular o funcionamento do sistema nervoso autônomo, alerta especialista em Disfunção Temporomandibular (DTM)
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Estresse, ansiedade e predisposição genética podem agravar quadros dolorosos e desregular o funcionamento do sistema nervoso autônomo, alerta especialista em Disfunção Temporomandibular (DTM)
Dores persistentes que não aparecem em exames e não estão ligadas a lesões visíveis costumam ser desacreditadas, mas a ciência tem mostrado que esse tipo de dor é real e mensurável. Condições como a Disfunção Temporomandibular (DTM), a fibromialgia e a síndrome do intestino irritável estão profundamente relacionadas ao funcionamento do sistema nervoso autônomo e à forma como o corpo lida com as emoções.
“A dor crônica não é invenção, nem exagero. Ela é uma resposta concreta do organismo, influenciada por fatores emocionais, genéticos e neurológicos. Hoje sabemos que emoções como estresse e ansiedade podem alterar o limiar de dor e até desencadear quadros dolorosos em pacientes predispostos”, explica Bruno Furquim, cirurgião-dentista na clínica Senso, doutor em DTM e Dor Orofacial.
Estudos mostram que pessoas com DTM miofascial, por exemplo, apresentam maior atividade elétrica nos músculos da face quando expostas a situações estressantes — um sinal claro de que o corpo responde fisicamente às emoções. Além disso, pacientes com dor crônica tendem a apresentar alterações no sistema nervoso autônomo, como menor variabilidade da frequência cardíaca e aumento do tônus simpático, mesmo em repouso.
“A dor é uma forma do corpo pedir socorro. Ela pode ser o reflexo de um desequilíbrio físico, emocional ou de ambos. Por isso, o tratamento precisa ser integrado, indo além da medicação e considerando aspectos como sono, respiração, estresse e hábitos de vida”, afirma Furquim.
Pesquisas também indicam que fatores genéticos podem influenciar a forma como cada pessoa sente dor. Alterações no gene COMT, por exemplo, estão associadas a uma maior sensibilidade dolorosa e à baixa eficiência dos mecanismos naturais de analgesia do corpo.
Nesse contexto, estratégias como a meditação vêm ganhando destaque. Estudos indicam que práticas contemplativas podem ajudar a modular os circuitos neurais envolvidos na dor, no estresse e na inflamação. “Não se trata apenas de relaxamento. A meditação tem impacto direto sobre o funcionamento do cérebro e pode contribuir significativamente no alívio da dor crônica”, finaliza o especialista.