Projeto acontece de junho a setembro, com aulas de pife, percussão e dança, além de cortejos por feiras e a presença do ilustre Mestre Zé do Pife
Hello! My name is Velma D. Sills and I'm author of Varsha. Varsha is a daily updated blog about travel, Fashion, everyday moments from all over the world.
We’ll send you the best of our blog just once a month. we promise.
Projeto acontece de junho a setembro, com aulas de pife, percussão e dança, além de cortejos por feiras e a presença do ilustre Mestre Zé do Pife
"Banda de pife não pode acabar!" - A partir desse lema, sempre anunciado por Mestre Zé do Pife - importante figura da cultura popular pernambucana, que viveu cerca de 40 anos espalhando a tradição do pife no DF - que muitos de seus aprendizes seguem seus fazeres culturais na cidade. E um coletivo formado por alunos de Seu Zé, o Pitoco de Bambu, tem buscado carregar o seu legado de diversas formas. O grupo já criou sua banda, bloco, realiza festas, oficinas e muito mais, sempre com o entusiasmo e a energia aprendidas com o mestre em anos de convivência.
E é seguindo nesse fluxo de pifes e encantos, que o Pitoco vem anunciar mais uma novidade. É o seu mais novo projeto: Formação em Banda Pife. Vão ser diversas oficinas espalhadas pela cidade, ministradas pelo Pitoco e mais outros incríveis artistas da cena do pife do DF, incluindo o Mestre Zé do Pife. O projeto acontece entre junho e setembro de 2025, com aulas de pife, percussão, dança e cortejos em feiras da capital. A ideia é que os participantes integrem o Bloco Pitoco de Bambu, formado por diversos tocadores e tocadoras de Brasília. Todas as atividades são gratuitas e as inscrições podem ser feitas pelo: www.pitocodebambu.com.br
Formação em Banda de Pife
A primeira atividade é a Oficina de Construção de Pife, ministrada por Mestre Zé do Pife e dois de seus aprendizes: Caracol (Pitoco de Bambu) e Igu Malagueta. A oficina busca instruir os participantes na construção artesanal do instrumento, abordando a confecção, afinação e acabamentos. A oficina será no dia 01 de junho, domingo, às 14h, na Feira da Torre de TV.
O ciclo continua já a partir do dia seguinte, com o início das aulas de Primeiros Toques, ministradas pelo Mestre Zé do Pife e o coletivo Pitoco de Bambu. Na oficina os alunos serão introduzidos ao pife, entendendo sua história, musicalidade e tradição, além de aprenderem músicas tradicionais, como O Caboré, Asa Branca, Volta da Asa Branca, Juazeiro, Maria Bonita e Mulher Rendeira. A oficina acontece nas segunda-feiras de junho, dias 02, 09, 16 e 23, às 19h, na Biblioteca Demonstrativa de Brasília.
Em agosto e setembro o projeto retorna, com aulas de percussão, na Oficina de Ritmos, com o músico Pedro Tupã, da tradicional banda de pife da cidade, o Ventoinha de Canudo; na Oficina de Danças, com o multiartista Joaley Almeida e Oficina de Pife Avançado, com a pifeira e musicista Dani Neri, também do Ventoinha de Canudo. As datas e locais das oficinas do segundo semestre serão divulgadas futuramente.
Práticas em Conjunto
Além das aulas, o projeto também levará o encanto do pife para diversas feiras da cidade, onde o público poderá prestigiar os ensinamentos adquiridos durante as oficinas do Ciclo em Formação de Banda de Pife. É um primeiro momento de brincadeira e interação com o povo, levando a cultura para a nossa gente, em uma troca com muita música, emoção e alegria. O primeiro pouso será na Feira da Torre de TV, no dia 29 de junho, domingo, às 10h.
Mas o que é o pife?
O pife, ou pífano, é um tipo de flauta comum no Nordeste brasileiro, que possui uma sonoridade vibrante e penetrante, que marca o ritmo alegre de festas e celebrações populares no Brasil Profundo. Este instrumento de sopro, tradicionalmente construído em bambu ou madeira, tem se espalhado por todo o país, ganhando novas interpretações e fusões musicais, a partir de ensinamentos de mestres da tradição e seu intercâmbio com novas gerações.
E as Bandas de Pife?
As Bandas de Pife, também conhecidas como Zabumba, Cabaçal ou Terno de Pífanos, são compostas por uma dupla de pifes (tocando em diferentes afinações), acompanhados por instrumentos de percussão, como zabumba, caixa e pratos, além do triângulo, ganzá e pandeiro, a depender da região. Uma característica marcante é a ausência de instrumentos harmônicos, focando na melodia e no ritmo contagiante. Esta manifestação cultural desempenha um papel importante nas festividades interioranas, festas juninas, folias de reis, procissões, feiras, praças, ruas e onde mais o povo estiver. Banda de Pife é sinônimo de alegria, de festa, de emoção, tanto para quem toca, quanto para quem ouve e contempla a sua energia.
Pitoco de Bambu
O Pitoco de Bambu é um coletivo artístico cultural e educativo brasiliense, que nasceu inspirado nas encantarias da cultura popular brasileira e na missão do pifeiro pernambucano Mestre Zé do Pife de “não deixar as banda de pife acabar”. O grupo tem como compromisso preservar e difundir a rica tradição musical do pife, um instrumento emblemático da cultura nordestina brasileira, celebrando e honrando a herança cultural por meio de projetos, oficinas, cortejos e apresentações, com performances vibrantes e envolventes, levando o som do pife a diversos públicos e espaços. Seu objetivo é promover a inclusão social e a valorização da cultura popular, proporcionando oportunidades de aprendizado e expressão artística para pessoas de todas as idades e origens, acreditando no poder transformador da música e em seu papel vital na construção de uma sociedade mais inclusiva e conectada.
O Legado de um Mestre
Mestre Zé do Pife é pernambucano de São José do Egito. Filho de agricultores, conheceu as bandas de pife em sua cidade natal quando era muito pequeno. O encanto com o instrumento se tornou então missão de vida: "não deixar as bandas de pife acabar". Hoje, com seus 81 anos de existência nesta terra, pode afirmar, em sua estrada de artista, que tem muito o que contar: É pifeiro, tocador, professor, compositor de versos e aboios de vaqueiros e artesão de pife. Por 40 anos o mestre morou no Distrito Federal, onde iniciou dezenas de aprendizes na arte de tocar pife e outros instrumentos que compõem as bandas cabaçais. As habilidades com o instrumento o fazem ser conhecido como um dos pifeiros mais respeitados do Brasil.
Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo do Distrito Federal
SERVIÇO
Ciclo de Formação em Banda de Pife
Quando: junho a setembro de 2025
Primeiras atividades:
Oficina de Construção de Pife: 01 de junho, domingo, às 14h, na Feira da Torre de TV
Oficina de Primeiros Toques: segunda-feiras de junho, dias 02, 09, 16 e 23, às 19h, na Biblioteca Demonstrativa de Brasília
Prática em Conjunto na Feira da Torre: dia 29 de junho, domingo, às 10h
Entrada Franca e Livre
Inscrições: www.pitocodebambu.
Instagram: @pitocodebambu