A pesquisa foi conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Yiwen Zhang e Edward Giovannucci, ambos da Harvard T.H. Chan School of Public Health (Estados Unidos)
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A pesquisa foi conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Yiwen Zhang e Edward Giovannucci, ambos da Harvard T.H. Chan School of Public Health (Estados Unidos)

Um estudo divulgado nesta semana no JAMA Oncology traz evidências de que manter níveis moderados de atividade física de forma contínua, ao longo de décadas, reduz significativamente o risco de desenvolver e morrer por cânceres do sistema digestivo. Incluem-se nesse grupo tumores de boca, esôfago, estômago, intestino, reto, fígado, pâncreas e vesícula biliar, cânceres responsáveis por cerca de 40% das mortes no mundo. A pesquisa analisou dados de mais de 231 mil homens e mulheres acompanhados por até 32 anos em três grandes cortes norte-americanas.
A pesquisa foi conduzida por uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Yiwen Zhang e Edward Giovannucci, ambos da Harvard T.H. Chan School of Public Health (Estados Unidos). Também assinam o trabalho: Dong Hoon Lee, da Harvard T.H. Chan School of Public Health e do Brigham and Women’s Hospital, NaNa Keum, da Yonsei University (Coreia do Sul), e Leandro Rezende, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e do Núcleo de Pesquisa em Epidemiologia de Doenças Crônicas (CRÔNICAS) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os resultados mostram que a regularidade da prática de exercícios é mais importante do que a intensidade. Manter aproximadamente 17 horas equivalentes metabólicas (MET/semana), o equivalente a cerca de cinco horas de caminhada rápida distribuídas ao longo da semana, durante três décadas, é o suficiente para garantir os maiores benefícios. Volumes muito superiores não resultaram em proteção adicional, enquanto pessoas que praticavam exercícios em grandes quantidades, mas de forma irregular, não apresentaram redução significativa de risco. “Poucas pessoas conseguem sustentar exercícios intensos por longos períodos. Este estudo mostra que incorporar atividade física moderada de forma contínua, como caminhar 30 minutos por dia, já traz benefícios importantes”, afirma Rezende.
A pesquisa reforça ainda a relevância global da atividade física como fator de prevenção. Cânceres do sistema digestivo têm múltiplos fatores de risco, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e consumo excessivo de álcool. A atividade física atua sobre mecanismos comuns, como redução da inflamação, melhor controle da glicose e regulação do metabolismo energético, contribuindo para a prevenção de diferentes tipos de tumores. Em um cenário de aumento desses cânceres em populações jovens, os autores destacam a urgência de políticas públicas que promovam o movimento no cotidiano.
Segundo o estudo, indivíduos que se mantiveram fisicamente ativos por longos períodos apresentaram menor risco tanto de adoecimento quanto de morte por câncer do sistema digestivo. Os achados também indicam que mesmo pequenas quantidades de atividade, quando realizadas regularmente, trazem benefícios relevantes. “A chave é transformar movimento em hábito, e não em meta pontual de curto prazo. Para que isso aconteça, políticas públicas e ambientes favoráveis são necessários”, completa Rezende.
Os autores defendem que novas pesquisas investigam os mecanismos biológicos relacionados à consistência da atividade física e incluem populações mais jovens e diversos grupos étnicos. Enquanto isso, especialistas ressaltam que incentivar ambientes seguros para caminhar, transporte ativo e programas comunitários pode ser tão importante quanto a orientação clínica individual.