Espetáculo baseado no texto do dramaturgo Samuel Beckett traz o mundo sombrio e angustiante do autor irlandês vivido por dois palhaços: pai e filho
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Espetáculo baseado no texto do dramaturgo Samuel Beckett traz o mundo sombrio e angustiante do autor irlandês vivido por dois palhaços: pai e filho
Teatro do CCBB Brasília é palco para nova montagem de Fim de Partida sob a direção de Eid Ribeiro
Espetáculo baseado no texto do dramaturgo Samuel Beckett traz o mundo sombrio e angustiante do autor irlandês vivido por dois palhaços: pai e filho
A estreia ocorre no Teatro do CCBB Brasília dia 28 de março, onde cumpre temporada até 21 de abril, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e domingo às 18h. Os ingressos, a partir de R$ 15 a meia-entrada, podem ser adquiridos a partir das 12h de 22 de março na bilheteria ou no site bb.com.br/cultura. Classificação indicativa: não recomendado a menores de 16 anos.
Eid Ribeiro, um dos mais relevantes artistas do teatro brasileiro, retorna a um dos mais conhecidos textos de Beckett, já levado aos palcos pelo diretor mineiro nos anos 1980. Ao revisitar “Fim de Partida”, Eid inova tendo, desta vez, dois palhaços da Trupe Garnizé como protagonistas: Francisco Dornellas e seu filho Victor. Completam o elenco, em participações especiais, João Santos e Marina Viana.
“Fim de Partida” busca provocar uma simbiose entre o personagem da ficção beckettiana e a linguagem da palhaçaria, com duas narrativas que percorrerão caminhos paralelos, mas que se identificarão em determinados momentos, praticando um jogo de ironia e escárnio, rindo do trágico destino traçado para a humanidade.
O espetáculo foi escrito por Beckett num contexto pós-catástrofes, após duas guerras mundiais. Sobre os destroços e os entulhos do nazifascismo, Beckett desloca o olhar sobre este plano de destruição e envenenamento social e escreve, entre 1954 e 1956, uma peça sobre as relações tóxicas, servis e parentais. No espaço fechado de um bunker, as duas personagens principais, Hamm e Clov, agem e dialogam num jogo de repetições próprio da comédia burlesca.
A nova montagem de Ribeiro traz um Beckett com tons de comédia, sem deixar de ser profundamente humano. Em cena, Francisco Dornellas (78) vive Hamm e contorna as dificuldades motoras e cognitivas ocasionadas por dois AVCs recentes sofridos pelo ator. Para superar os desafios, Chico conta com recursos tecnológicos e o auxílio do filho, Victor Dhornelas, que divide os palcos com seu pai desde a infância.
“Queremos mostrar que Samuel Beckett é um escritor e poeta visionário. À medida que o tempo passa, sua criação se torna cada vez mais atual diante do mundo em que vivemos. E nada melhor que a sabedoria de um velho palhaço para narrar a sua história. Esperamos, assim, que o nosso Fim de Partida seja uma ode de amor ao teatro, como também demonstrar a possibilidade de enaltecer a vida através da arte”, explica Eid Ribeiro.
O resultado pode ser visto como um espetáculo que navega rumo ao acaso e à improvisação, mas com pontual elaboração em determinados momentos. “Enquanto o mundo caminha para a extinção, no premonitório planeta Beckettiano, onde os seres humanos não conseguem se comunicar apesar de falarem pelos cotovelos, o humor e o riso fazem parte dessa nossa tragédia. E nada melhor que ter ao lado a companhia de dois palhaços. Por que não? A estrada é longa, cheia de curvas e encruzilhadas onde podemos nos perder”, reflete o diretor.
Ficha técnica:
Direção: Eid Ribeiro | Assistente de direção: João Santos | Texto: Samuel Beckett | Tradução: Fábio de Souza Andrade | Elenco: Francisco Dornellas, Victor Dhornelas, João Santos e Marina Viana | Iluminação: Bruno Cerezoli | Trilha Sonora: Eid Ribeiro e João Santos | Efeitos sonoros e Trilha sonora original: Airon Gischewski | Cenário e figurino: Eduardo Félix | Assistente de cenografia: Márcio Miranda | Costureira: Aurora Majnoni | Serralheiro: Nilson Santos | Colaboração artística (figurino e maquiagem): Thálita Motta | Execução de maquiagem: Victor Dhornelas | Confecção de boneco: Leandro Marra e Eduardo Félix | Preparação corporal: Eliatrice Gischewski | Preparação vocal: Ana Hadad | Produção executiva: Nathan Coutinho | Assistente de produção: Guga Medeiros e Daniel Dornellas | Coordenação de Produção e Gestão de projeto: Cris Moreira - Esparrama! | Gestão financeira: Graziane Gonçalves | Coordenação de Comunicação: Bárbara Amaral | Assessoria de imprensa Brasília: Rodrigo Machado - Território Comunicação | Programação Visual: Tiago de Macedo (Estúdio Ofício) | Consultor de palhaçaria: Evandro Heringer
Sobre Eid Ribeiro
Eid José Ribeiro Aguiar é um dos artistas mais relevantes da cena artística mineira e nacional. Nascido em Caxambu em 1943, o dramaturgo, roteirista e diretor teatral já dirigiu e escreveu para coletivos como Grupo Galpão, Grupo Teatro Delle Radici (Suíça), Grupo Trama, Cia Acômica e Grupo Armatrux. Foi ainda fundador do Grupo Geração, coletivo teatral que atuou na resistência à ditadura militar no Brasil, repórter e colunista de diversos jornais mineiros e fluminenses e curador e diretor de programação do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte.
Um dos artistas veteranos mais atuantes do cenário mineiro, Eid Ribeiro marca sua obra com um estilo inconfundível, que traz referências que vão do teatro moderno norte-americano e europeu aos circos mambembes do Brasil; do experimental ao popular; do grotesco ao sublime; do existencial ao político. Como dramaturgo, seus primeiros textos foram escritos durante sua internação no Sanatório dos Bancários, por decorrência de uma tuberculose, onde fez teatro com outros internos. Ingressando posteriormente no Teatro Universitário, em 1965, Eid passa a fazer parte de uma geração importante de autores que inclui nomes como Alcione Araújo e José Antônio de Souza. Desde então, seus textos já foram encenados por diversos grupos e diretores espalhados pelo país, vencedores de vários concursos e prêmios.
O CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.
Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.
Desde o final de 2022, o CCBB Brasília, se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, sendo que no ano de 2023, obtivemos a renovação anual da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a sustentabilidade.
A conquista atende à Ação 24 da Agenda 30, que tem por objetivo reforçar a gestão dos programas, iniciativas e práticas ambientais e de ecoeficiência do BB e demonstra o alinhamento do CCBB Brasília a estratégia corporativa do BB, enquanto espaço de difusão cultural que valoriza a diversidade, a acessibilidade, a inclusão e a sustentabilidade porque transformar vidas é parte da nossa cultura.
Press-kit:https://bit.ly/FimdePartidaCCBB
Serviço:
Fim de Partida
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul
Temporada: de 28 de março a 21 de abril de 2024
Horários: de quinta-feira a sábado, às 20h e domingo, às 18h
Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência (e acompanhante, quando indispensável para locomoção), adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília, a partir das 12h de 22 de março
A liberação dos ingressos ocorrerá toda sexta feira da semana anterior
Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo 7 espaços para cadeirantes e 3 assentos para pessoas obesas)
Duração: 135 minutos, com 10 minutos de intervalo
Classificação indicativa: não recomendado a menores de 16 anos
Informações: fone: (61) 3108-7600 | e-mail: [email protected] | site/ bb.com.br/cultura | Instagram/ @ccbbbrasilia | YouTube/ Bancodobrasil
Assessoria de imprensa: Rodrigo Machado, Território Comunicação; [email protected]; Tel.: (61) 98654.2569
Assessoria de imprensa do CCBB Brasília: Patrícia Gomes Serfaty; [email protected]; Tel.: (61) 3108 7600 / (61) 99557.0703