Projeto gera transformação e oportunidades de trabalho para mulheres de baixa renda

Trapézio Comunicação - 05/06/2024

O Flores do Cerrado promove capacitação gratuita em corte e costura, customização/bordado e empreendedorismo. Em formato itinerante, o projeto já passou em diversas cidades do DF e, atualmente, acontece em Brazlândia


Créditos Bené França

O projeto Flores do Cerrado vem fazendo a diferença na vida de centenas de mulheres do Distrito Federal. Ofertando cursos gratuitos de corte e costura, customização/bordado e empreendedorismo, a iniciativa já atendeu moradoras das cidades Estrutural, Sol Nascente, Varjão, Riacho Fundo, Recanto das Emas, e agora passa por Brazlândia. O objetivo é, de forma itinerante, circular por diversas regiões administrativas levando a capacitação.

A iniciativa busca profissionalizar mulheres em situação de vulnerabilidade social com atividades que gerem renda para elas. Além dos cursos técnicos em corte e costura e bordado, é ensinado a precificar os produtos e a como divulgar os seus trabalhos. Todo o material é fornecido pelo Flores do Cerrado, incluindo máquinas de costura, tecidos, etc. Além disso, há um espaço kids com monitores capacitados para cuidar dos filhos e/ou dependentes das participantes durante todo o período das oficinas. Sendo assim, eles ficam em total segurança em atividades recreativas enquanto suas mães aprendem um novo ofício. 

Elza Vital, de 55 anos, foi aluna do curso no Recanto das Emas e, não só isso. A artesã também levou a mãe, de 75 anos, para participar das aulas com ela. “A oportunidade que o Flores do Cerrado está abrindo para a gente é imensurável, porque as condições financeiras não estão boas, desde a pandemia, todo mundo ficou com muita dificuldade. Tudo que a gente aprende aqui já ajuda na vida financeira, na renda de uma mulher que às vezes não tem nada. Que tem um filho, que tem que cuidar, tem que praticar as suas coisas, ela já passa a vender para a família, para os vizinhos, então, esse curso abre portas”, afirma a filha de dona Ana. 

Outra aluna destaque é a Leudenir que foi participante do curso na cidade Estrutural e hoje é parte da equipe. “Eu pedi ao Fábio - idealizador do projeto -, falei para ele ‘eu preciso caminhar com vocês’ e está sendo muito importante, ele me tirou da depressão, estava muito triste, sozinha dentro de casa, só eu e meu cachorro. Então, eu gostei e me dediquei muito. Eu sabia costurar um pouquinho, mas eu não sabia tudo, hoje em dia eu sei 100% por causa do Flores e pretendo aprender mais, para que eu possa passar para as outras pessoas aquilo que eu aprendi. Para mim esse projeto foi maravilhoso. Se eu ensino uma coisa, eu estou aprendendo duas”, evidencia a artesã com alegria. 

Fábio Barrera, idealizador e produtor do Flores do Cerrado, destaca que a iniciativa tem gerado muitas histórias de superação. “Na última edição, na Estrutural, a gente conseguiu gerar empregabilidade para cinco alunas. Na primeira edição tivemos uma cooperativa informal, no Sol Nascente. Elas começaram a produzir ecobags, foi bem naquele início da transição da descontinuidade das sacolas de plástico. A gente tem algumas alunas que começam a empreender a partir do Flores, elas veem que é possível, através do artesanato, que é algo mais barato, então elas começam a fazer participação em feiras, etc”, ressalta o produtor. 

 

Saiba mais em: @floresdocerrado.df 

 

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