Projeto Caminho da Arte valoriza Pessoas com Deficiência Visual e Baixa Visão

Via Assessoria - 05/06/2024

Ofertando mais de 96 horas de puro ensino de arte, o público deficiente visual teve uma imersão cultural que culminou numa mostra de resultados práticos, aliando a teoria com a experimentação artística dentro do projeto “Caminho da Arte”.


Foto: Carol Dantas

Uma ação que desenvolveu de graça uma iniciação artística que abrangeu as áreas do circo, da dança, da música, do teatro e da produção cultural.

As turmas foram divididas entre as de "Iniciação à Palhaçaria"; "Iniciação Musical"; "Artes Integradas" e "Produção e Arte", criando espaço e condições para despertar talentos e qualificar novos artistas, promover ação de qualidade e impacto auxiliando os cegos a fruírem com os códigos da arte, atender pessoas cegas que vivenciarão um processo de sensibilização e introdução às artes, valorizando ações de acessibilidade em arte através da inclusão desses alunos na cena cultural e nos processos de apreciação e criação artística, o que estimula fortemente a democratização ao acesso à arte.

O grupo de professores recrutado para o “Caminho da Arte” foi formado por educadores e artistas da Cia. Sagrado Riso, encorajando o protagonismo e fomentando aspectos de integração comunitária com forte impacto social. O proponente do projeto e produtor cultural Ian Harun, possui Baixa Visão e compõe a Cia Sagrado Riso, que atua há 17 anos no DF realizando oficinas incluindo PcDs, espetáculos e apresentações em hospitais públicos.

No caráter pedagógico dos cursos, conceitos básicos sobre música e educação musical foram desenvolvidos de forma prática e teórica. “Desenvolveremos um mini coral com músicas de fácil reprodução”, comenta a professora Clarissa Barros. Clarissa tem profundo conhecimento em acessibilidade, em especial para o público pessoas com deficiência visual, além de ser renomada professora de música.

Já o curso de palhaçaria provocou os participantes a perceberem que o palhaço é uma expressão íntima de si mesmos por meio de exercícios de reencontro com a ingenuidade, o prazer de rir e de fazer rir.

Por sua vez, o curso de Artes Integradas contou com técnicas básicas de interpretação teatral e musical, acrobacia no solo, leitura e produção de textos, construção de personagens e criação de cenas. Entre as propostas levadas na ementa, esteve a sensibilização e estímulo da criatividade sob a condição da professora Rosana Loren.

Numa abordagem didática, o curso de Produção de Arte apresentou uma possibilidade de realização profissional. Aspectos práticos do ofício foram enumerados e organizados de forma a levar luz para organização criativa, com vistas a tornar a atividade mais produtiva e financeiramente viável. Nesta oficina, Alessandra Vieira, fundadora da Cia. de Circo Teatro Sagrado Riso, compartilhou mecanismos de sustentabilidade assimilados ao longo dos seus 22 anos de carreira como artista e gestora cultural.

“Caminho da Arte” contou com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e comprovou que quando uma equipe está preparada projetos podem transformar vidas e mover a cultura e a economia local com criatividade e responsabilidade social.

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