Mahatma Marostica, CEO da Mobilis Veículos Elétricos e sócio da TrackLi, conta quais tendências e desafios mais se destacaram na última edição do evento Frotas Conectadas.
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Mahatma Marostica, CEO da Mobilis Veículos Elétricos e sócio da TrackLi, conta quais tendências e desafios mais se destacaram na última edição do evento Frotas Conectadas.
Conectividade é a palavra da vez quando o assunto é transporte, logística e gestão de frotas. Indo além do que o próprio nome do evento indica, o Frotas Conectadas movimentou a capital paulista nos dias 21 e 22 de maio e mostrou produtos, serviços e tendências que irão movimentar o mercado nos próximos meses.
Mahatma Marostica, CEO da Mobilis Veículos Elétricos e sócio da Track Li, startup voltada para IoT e gestão inteligente de ativos, foi um dos palestrantes do painel “Fire pitches das startups mais quentes do setor” e aproveitou a oportunidade para conferir de perto as novidades apresentadas pelos expositores e painelistas.
Confira a seguir quais foram as três tendências e desafios da gestão de frotas que se destacaram no evento Frotas Conectadas, segundo a análise do CEO da Mobilis.
1. Descarbonização da frota
“Ainda não existem soluções consolidadas para entregar o que os frotistas estão precisando para cumprir metas de redução da pegada de carbono. Além disso, eletrificar uma frota inteira é muito caro, não é viável. Algumas empresas que participaram do Frotas Conectadas estão propondo alternativas para viabilizar esse processo de descarbonização da frota dentro das empresas. São empresas especializadas em fazer uma leitura macro, uma consultoria para analisar todos os ativos da frota e pontuar em quais casos é válido ou não fazer de imediato a troca, e em quais casos é viável a adoção de outras soluções que reduzam o impacto ambiental daquela frota.
É uma gestão mais holística da questão da pegada de carbono em frotas. Não se trata apenas de trocar um carro movido a combustão por um elétrico, é também encontrar soluções que caibam no bolso e fechem a conta. O Eletrokit que a Mobilis lançará no 2º semestre se apresenta como uma solução intermediária, uma vez que viabiliza a hibridização leve de veículos a combustão, ou seja, em vez de investir na troca de 10% da frota por versões eletrificadas, o frotista tem como alternativa tornar híbrida uma porcentagem maior dos ativos e ter retornos positivos não apenas do ponto de vista econômico, mas também de sustentabilidade.”
2. Treinamento de motoristas
“Outra tendência que se destacou no evento Frotas Conectadas é a questão do treinamento de motoristas, uma vez que há uma migração de tecnologia em curso. Ao comprar um veículo elétrico, o frotista tem uma expectativa de resultados, mas ele pode se frustrar se não houver capacitação dos motoristas para que se ambientem e extraiam o melhor possível do veículo. Por exemplo, vamos considerar o caso de um frotista que adquiriu veículos elétricos com 240km de autonomia, com expectativa de ter um custo de R$ 40 para percorrer um determinado trajeto. Se o motorista “pisar fundo”, esse custo pode aumentar para R$ 60, R$ 70 – uma vez que haverá maior gasto de energia e, provavelmente, necessidade de parar o veículo para recarga no meio do caminho.
O motorista saber usar essa nova tecnologia faz toda a diferença na redução de consumo. As empresas buscam eficiência em autonomia e consumo, procuram soluções a partir dos dados levantados no rastreamento. Essa análise permite minimizar a curva de aprendizado, destacando os pontos que precisam ser aperfeiçoados com capacitação. Isso agrega economia e segurança à operação. Existem opções de monitoramento eficazes, que além de extrair dados do veículos detalham o comportamento do condutor, revelando se o motorista pegou o celular, se cruzou a pista sem dar seta etc. Os registros apontam eventos que conflitam com o padrão de segurança para posterior abordagem e correção.
A TrackLi, spin-off da Mobilis voltada para IoT e gestão inteligente de ativos, tem um módulo de Driver Behavior que controla o comportamento do motorista e aponta questões diversas, como quantas arrancadas bruscas foram registradas. Com base nos eventos, é feito um ranqueamento dos motoristas que mostra quem conduz de maneira mais econômica. O mercado começou oferecendo soluções com vistas para monitorar a segurança e agora está expandindo para monitorar a eficiência na condução, a TrackLi nasceu já enxergando essa demanda desde o lançamento dos seus produtos.”
3. Transformar dados em conhecimento
“Saber transformar dados em conhecimento é um dos desafios do mercado de telemetria. Hoje, adquirir dados está cada vez mais acessível. Os equipamentos estão com preços em queda, cartões de memória, câmeras, pacotes para transmissão de dados, entre outros itens são facilmente encontrados. Contudo, o dado por si só não “mexe os ponteiros” de uma empresa: ele tem que ser transformado em uma informação útil. As empresas estão com acesso a um volume maior de dados do que antigamente, e precisam realizar uma boa gestão desses dados para fazer a diferença no resultado do cliente.
A gestão de dados inteligente tem feito algumas empresas saírem na frente, na prática. É fácil e barato instalar uma câmera filmando o motorista o tempo inteiro. Considerando uma frota com 3 mil carros, são incontáveis horas de gravação armazenadas em servidores, o que torna o processo de buscar as imagens somente após algum evento grave acontecer contraprodutivo. Agora, se a empresa realizar o processamento dessas imagens assim que elas são registradas, com sensores e dispositivos como os de reconhecimento facial, os eventos são identificados com mais rapidez, permitindo que o gestor da frota saiba de imediato quando algo ocorre e atue na correção antes que um evento de maior gravidade aconteça. Isto é apenas um exemplo do que é possível fazer quando dados são usados como balizadores de uma gestão eficiente de frotas. A eficiência passa pelo tratamento dos dados e a posterior conversão desses dados em estratégias de gestão e conhecimento útil para o cliente.”