Saiba em quais casos a semaglutida é indicada e os alertas em relação ao seu uso indevido
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Saiba em quais casos a semaglutida é indicada e os alertas em relação ao seu uso indevido
A semaglutida é um hormônio presente no nosso corpo, mas também no nosso corpo. Seus usos são principalmente para tratar a diabete tipo 2, mas nos últimos anos, tem sido usado como emagrecedor.
Sem a indicação e acompanhamento correto, os efeitos colaterais trazem malefícios à saúde. Para alertar e te fazer entender se o medicamento é indicado para o seu caso, preparados um artigo completo: o que é semaglutida? Em quais casos é indicada? Quais são os perigos e efeitos colaterais?
A partir de agora, saberá de todas essas informações valiosas antes de optar por esse tratamento.
O que é semaglutida?
A semaglutida é uma substância equivalente ao hormônio GLP-1 naturalmente produzido pelo nosso organismo através do intestino. O GLP-1 é liberado juntamente a glicose e responsável por algumas partes do funcionamento no corpo.
Além de nos dar sensação de saciedade, por alertar o cérebro de que estamos nos alimentando, segundo a nutricionista Andreia Torres, esse hormônio:
- melhora a captação de glicose no músculo e aumenta o rendimento físico;
- reduz inflamação;
- melhora as funções renais;
- melhora o funcionamento cardíaco;
- auxilia as atividades hepáticas;
- aumenta o rendimento cerebral.
Pelos seus efeitos de saciedade, aumento da queima de gordura, redução da glicose, retardação do esvaziamento gástrico e diminuição do apetite, a semaglutida passou a ser famosa para emagrecimento.
Recentemente, Elon Musk, empresário e uma das pessoas mais ricas do mundo, citou o uso do medicamento Ozempic (um dos nomes comerciais da substância) para perder peso.
Com a grande influência de Musk, o injetável virou febre, virando até piada no programa do apresentador Jimmy Fallon, muito popular nos Estados Unidos.
Mas até que ponto devemos confiar em medicamentos como esse, principalmente quando lidam com algo mais do que físico, e sim emocional, como a autoestima?
Afinal, em quais casos ela é indicada?
Além de Ozempic, também vendem-na com o nome de Wegovy e Rybelsus, e recentemente está em falta nas farmácias, mas infelizmente, isso não de deve aos tratamentos das doenças as quais ele se aplica.
Falaremos sobre isso, mas antes, saiba quais são as prescrições desses medicamentos.
Semaglutida como antidiabético
Segundo a Dra. Roseane Rodrigues, professora do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa, a diabete tipo 2 é uma condição crônica que se desenvolve principalmente em pessoas acima de 40 anos, com sobrepeso ou predisposição genética.
Em resumo, a doença incapacita o organismo de transformar o açúcar em energia.
Então, como a semaglutida estimula a secreção de insulina e melhora a sensibilidade a ela e reduz a glicose, medicamentos com esse componente são muito prescritos para pacientes com diabete tipo 2.
O Ozempic é injetável, enquanto o uso do Rybelsus é via oral. A semelhança de ambos, além de serem exclusivos à diabete, é que precisam de prescrição médica para gerarem benefícios sem afetar negativamente a saúde do paciente.
Ainda assim, se recomenda associá-los à dieta e exercícios físicos, portanto não é algo único e milagroso.
Semaglutida como “emagrecedor”
No caso do WeGovy, a Anvisa o aprovou como medicamento para obesidade e sobrepeso, mas sob prescrição médica e em dosagens muito particulares. Portanto, nota-se que é novamente usado no tratamento de doenças e não como uso estético.
A Anvisa é bem clara ao informar seu uso, sendo ele:
“Indicado como um adjuvante a uma dieta hipocalórica e exercício físico aumentado para controle de peso, (...) em adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) inicial de: ≥ 30 kg/m2 (obesidade), ou ≥ 27 kg/m2 a < 30 kg/m2 (sobrepeso), na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.”
Portanto, fica evidente que a semaglutida está longe de ser mais um daqueles medicamentos que qualquer um toma para emagrecer sem esforço, mas até mesmo nos casos liberados, há controvérsias.
Especialistas informam sobre os perigos do medicamento para o emagrecimento
A farmacêutica responsável pelo medicamento de semaglutida mais famoso, orienta que ele não seja usado para fins off label, ou seja, fora do uso indicado. Resumindo, se é para diabete, deve ser utilizado apenas para tratá-la, e não para emagrecer.
Já nos casos em que o medicamento realmente serve como emagrecedor, esse dever ser feito unicamente com indicação e orientação médica, em casos de sobrepeso e obesidade.
E lembre-se: achar que precisa emagrecer e tentar fazê-lo pelo meio mais “fácil”, é uma coisa, ser obeso e precisar de um tratamento, é outra, ok?
A Dra. Tassiane Alvarenga, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, ressalta os malefícios do uso sem acompanhamento: enjoos, vômitos, desidratação e efeito sanfona, além do efeito chamado “rosto de semaglutida”, no qual a pele fica muito flácida, e até se assemelha a uma expressão de abatimento.
Em entrevista ao Portal Drauzio Varella, uma mulher de 30 anos relata o que sentiu na pele ao fazer uso indevido do medicamento “tomei o remédio por conta própria e um mês e meio depois, comecei a vomitar e ter muita diarreia. Um dia acordei com dor nas costas, na altura dos rins, e muito vômito. Fui para o hospital e estava desidratada.”
Outros efeitos colaterais:
- dor e inchaço abdominal;
- hipoglicemia (açúcar baixo no sangue);
- gastrite;
- indigestão;
- vômito;
- refluxo;
- gastrite;
- gases;
- tontura;
- cansaço;
- vômito;
- diarreia;
- entre outros.
Perca peso de forma saudável: o balão gástrico é uma opção
O tratamento medicamentoso para emagrecer se trata de algo sério, e não há profissional qualificado que o recomende sem nenhum outro tipo de intervenção.
Portanto, em qualquer processo de emagrecimento, a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos são indispensáveis. Caso contrário, a pessoa não estará emagrecendo com saúde, e as chances de voltar ao peso inicial (ou até mais) são grandes.
Mas, sim, há meios de acelerar o processo e torná-lo mais fácil, e a outra boa notícia, é que existem métodos como o balão intragástrico, por exemplo.
Trata-se de procedimento não invasivo, realizado sem cirurgia, que consiste na colocação de um balão no estômago do paciente. Assim, naturalmente ele se sente satisfeito com menos comida, e diferentemente da semaglutida, os efeitos colaterais são leves e sentidos apenas nos primeiros dias após a colocação.
Se você ainda não conhece o balão gástrico, vale a pena saber mais sobre ele!
https://spatzmedical.com/br/como-funciona/