Conhecimentos para criação de programas a fim de estreitar a comunicação comunitária e democratizar acesso e compartilhamento de conhecimento e informação
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Conhecimentos para criação de programas a fim de estreitar a comunicação comunitária e democratizar acesso e compartilhamento de conhecimento e informação
Durante duas semanas, nos meses de fevereiro e março, um grupo de cerca de 75 alunas e alunos do Centro Educacional Professor Carlos Ramos Mota, na Chapada da Contagem (Lago Oeste), participa de uma série de aulas que apresenta teoria e prática da linguagem do rádio. Como conteúdo do curso, ferramentas para criação de programas jornalísticos e de entretenimento com foco na democratização do conhecimento no território.
A intenção é que as e os participantes, a partir de um treinamento técnico, se apropriem desse meio de comunicação e passem a gerar seus próprios conteúdos. As novas mídias e aplicativos ampliaram e baratearam as chances de gerar informação, o que falta, segundo Dioclécio Luz, radialista, “é saber como lidar com o áudio, microfone, gravação, edição, e que o conteúdo pode e deve ser diferenciado, com novas visões sobre determinado assunto ou vertente musical”. Há 30 anos no mercado, Dioclécio tem mestrado em Comunicação Comunitária.
Idealizador e um dos professores do curso, realizado com fomento do FAC - Fundo de Apoio à Cultura do DF, Dioclécio estimula a importância de não repetir padrões já praticados por outras emissoras. “Sejam aquilo que vocês são, todos têm capacidade, condições e competência para criar, basta explorar novos conhecimentos, novas perspectivas, e transmiti-los através da fala, do pensamento, do jeito de ser, que são as digitais de cada um”, descreve como as e os alunos serão provocados.
Nesse meio, “pode-se brincar, divertir, porém, o que é transmitido precisa ser rico, com profundidade de maneira a entreter com informação”, ressalta Luz, e exemplifica “se vai colocar música, não precisa ser a que já está tocando por aí, ainda assim, se for, estude, conheça e comente, não é só botar pra tocar, isso qualquer um faz e o locutor tem que fazer o diferente e atrair e emocionar o ouvinte, rádio é sentimento”.
O que será compartilhado nas aulas se estenderá a diferentes vivências das e dos alunos, uma vez que a comunicação está em todo lugar inclusive na escola, na sala de aula, onde essa habilidade precisa estar afinada em sua complexidade. “O curso não vai lidar com o áudio, simplesmente, mas com o olhar crítico, com o jeito, com o sentimento, com a verdade, desta forma, quem participar vai sair outra pessoa”, garante o idealizador e também coordenador pedagógico.
Para a realização das aulas, que acontecem nos três turnos, todo o equipamento necessário para a produção de programas radiofónicos serão deslocados até a escola, onde será montado um estúdio. Tudo que for gerado ao longo do curso, será transmitido na Web através da Rádio Eixo, parceira do projeto. Mais informações: www.instagram.com/radioparajovens.
Equipe: Dioclécio Luz – proponente / coordenador geral / oficineiro; Alessandro Braga – produtor; Cristiane Nogueira – produtora executiva; Fernanda Rosas – monitora; Rubens – monitor; Guilherme Bitencourt – consultor de acessibilidade; João Guilherme Tayer – designer gráfico; Lua Cavalcante – fotógrafa; Lucas Isaksson – assessor para redes sociais; Pedro Lenerh – produtor do vídeo; Rodrigo Machado – assessor de imprensa; Paola Antony – oficineira (Rádio Eixo); Ramiro Galas – oficineiro; Santana Sun - sonoplastia para edição final de vídeo; e Tiago De Carvalho – assistente de produção.
https://www.instagram.com/radioparajovens/