23/01/2024 às 20:30

Nova metodologia para otimizar transfusões de sangue é avaliada no DF

Secretaria de Saúde e Hemocentro montaram grupo de trabalho que analisará a adoção do Patient Blood Management (PBM), que consiste em uma abordagem multidisciplinar em busca de melhorias dos resultados clínicos e reduzir uso desnecessário de transfusões

Por Agência Brasília* | Edição: Igor Silveira

Um grupo de trabalho formado por especialistas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) vai avaliar a implantação da metodologia Patient Blood Management (PBM), que consiste em uma abordagem multidisciplinar para otimizar o cuidado dos pacientes, melhorar resultados clínicos e reduzir o uso desnecessário de transfusões sanguíneas. De acordo com a Ordem de Serviço, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, edição N.º 15, na página 31, serão 30 dias de estudos.

No lugar de parâmetros isolados para as decisões sobre o uso de sangue, o paciente passa a ser a figura central do tratamento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Segundo o chefe da unidade técnica do Hemocentro e coordenador do grupo, Marcelo Jorge Carneiro de Freitas, a metodologia PBM tem como objetivos minimizar perdas sanguíneas e utilizar de maneira mais racional possível os recursos disponíveis.

“Os princípios do PBM são o manejo adequado da anemia, adoção de estratégias para preservação do sangue do próprio paciente e mais restritivas para a transfusão de sangue”, explica.

Na prática, em vez de haver parâmetros isolados para as decisões sobre o uso de sangue, o paciente passa a ser a figura central do tratamento. Para isso, há uma abordagem multidisciplinar sobre a condição de saúde de quem deve ou não receber transfusões.

O coordenador do grupo de trabalho afirma que o foco, neste momento, é planejar a viabilização do PBM no Distrito Federal. Uma segunda etapa poderá ser a coordenação da sua implantação. Atualmente, há iniciativas pontuais sobre o tema em hospitais da rede pública, sendo necessário ainda dar visibilidade à nova metodologia e reforçar o treinamento das equipes.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)