19/07/2023 às 16:37

Pesquisa: 94% dos brasilienses atravessam o Eixão pela passagem subterrânea

IPEDF divulga resultados de estudo sobre como o pedestre cruza a via

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou os resultados da pesquisa Travessias do Eixão nesta quarta-feira (19). Com o objetivo de contabilizar e conhecer o perfil e as motivações dos usuários das passagens subterrâneas que atravessam o eixos rodoviário, leste e oeste – popularmente conhecidos como Eixão e Eixinhos -, a pesquisa também buscou compreender se os usuários vivenciaram situações de perigo e as percepções deles acerca da qualidade das travessias.

Para atravessar o Eixão, cerca de 94% dos 25.147 contabilizados utilizam as travessias subterrâneas e apenas 6% atravessam as vias. Nos eixinhos L e W, 58,82% e 73,52% utilizam as travessias, respectivamente. Apenas na 115/215 Norte, a maioria (55,5%) prefere atravessar as vias. Em relação ao perfil dos usuários das passagens, observou-se que a maioria são pedestres (97%), adultos (84%) e mulheres (57,63%). A pesquisa mostra, ainda, que  12% da população do Plano Piloto utiliza as passagens subterrâneas, e que 58% de quem atravessa são mulheres negras, entre 30 e 44 anos. As utilizações são geralmente para estudo e trabalho, com cerca de 80% que fazem o uso dos espaços frequentemente.

A pesquisa estudou se os usuários vivenciaram situações de perigo nas passagens subterrâneas | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Para o administrador do Plano Piloto, Valdemar Medeiros, “essa pesquisa é importante para que nós gestores tenhamos mais informações para dar mais qualidade de vida à população do Plano Piloto.”

Manoel Clementino, presidente do IPEDF, disse que “a principal importância desse estudo é entender mais sobre quem usa esses espaços e levantar informações, fomentar o debate. Esse é o papel da nossa instituição, produzir dados necessários e auxiliar os gestores em sua tomada de decisão.”

Em parceria com colaboradores da Universidade de Brasília (UnB) e da Associação Andar a Pé – o Movimento da Gente, foram contabilizadas 25.147 pessoas e entrevistadas 5.407 entre novembro e dezembro de 2021. Foram consideradas as 22 passagens subterrâneas – incluindo as seis integradas com o metrô – e a passagem superficial da 116/216 Norte. A pesquisa identifica as travessias mais e menos utilizadas, os horários de maior e menor movimento, se os usuários atravessam sozinhos ou em grupo e “por cima” ou na passagem.

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As travessias do metrô na Asa Sul atraem um volume maior de usuários do que todas as demais travessias juntas, contabilizando 13.410 mil usuários, com destaque para a da 114/115. Entre as demais travessias subterrâneas, a quantidade de usuários é maior nas que estão próximas aos pontos de atração de trabalhadores, com destaque para as dos setores Bancário e Hospitalar Sul. Em todas as travessias, o horário de pico concentra-se das 7h às 9h e das 15h às 17h.

*Com informações do IPEDF e da Administração Regional do Plano Piloto